“[...] tem-se uma concepção que faz da felicidade mais uma obrigação do que uma possibilidade que se experimenta vez ou outra no laço com o outro. cabe indagar como seria o laço entre pessoas que fazem da felicidade uma obrigação, em vez de apenas uma possibilidade surgida aqui e ali. uma das consequências não seria a ...dificuldade de conviver com a dor alheia? outra conseqüência possível seria fazer desse imperativo da felicidade uma justificativa para a excessiva medicalização da vida, na qual toda tristeza tende a ser tratada como depressão e motivo para se tomar remédio [...] aliás, parafraseando os irmãos coen, num mundo em que se é obrigado a se dar bem e a ser feliz, os fracos não tem vez”.
(eduardo furtado leite, psicanalista. “é possível falar em novas formas de perversão”. na revista cult, ano 13. 144).
(figura: vicente van gogh. l'arlésienne, 1888)
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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