sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

toquem...


{família...}

desejo de feriados felizes... para todos nós!
beijo, abraço... e paz!

"sino, claro sino,
tocas para quem?
para o deus menino
que de longe vem.

pois se o encontrares,
traze-o ao meu amor.
e que lhe ofereces,
velho pecador?

minha fé cansada,
meu vinho, meu pão,
meu silêncio limpo,
minha solidão"
(capiba e carlos penna filho)


toquem...

"qualquer coisa que se sinta
tem tantos sentimentos
deve ter algum que sirva"
(arnaldo antunes)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

sou onde não penso

“penso onde não sou, sou onde não penso”
(lacan)


o sujeito lacaniano não se confunde com o eu, não é o ego. o meu pensar é o lugar do meu desconhecido. não sabemos quem somos, porque somos o que falta a ser.


beijos e não pensamentos.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

desejos - conflitos


"enquanto existir o desejo, sempre havará conflitos, e sempre existirá uma oposição impossível de ser resolvida devido a impossibilidade que temos de realização plena do desejo. a verdade é que, da tolerância às frustrações pode depender a qualidade de respostas que o sujeito venha a oferecer à própria vida e à vida dos outros, o que poderia alcançar como conseqüência, mais ou menos mal-estar individual e coletivo. para entendermos melhor isso, basta obsevarmos o estrago que as pessoas intolerantes fizeram à humanidade no decorrer da história e o mal que continuam fazendo atualmente..."

(mauro corrêa), querido.


"estrago que as pessoas intolerantes fizeram...impossibilidade que temos de realização plena do desejo...tolerância às frustrações..."


beijos e paz... a possível paz!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

a certeza




“não é a dúvida, mas a certeza, que torna louco.”
(nietzsche)



há certeza?


beijos beijos e dúvidas

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

bons encontros



spinoza propõe uma ética da alegria, porque só ela aproxima da ação e da beatitude. sendo ela ainda própria uma paixão, há de ser assimilada aos poucos, até se transformar em “beatitude”, ou “amor intelectual de d’us” estágio no qual a ordem interna do agir está no mesmo ... pura imanência. spinoza transformou a alegria em conceito fundamental à vida: evitamos paixões tristes, vivamos com alegria, para que possamos estar no máximo da nossa potência: devemos, pois, fugir da resignação, da má fé, da culpa, dos efeitos tristes. procuremos agenciar com o que convém a nós, buscar os “bons encontros”, os que estimulam nossos desejos , que é por constituição, relacional, multiplicidade.


bons encontros... e alegria

beijos

domingo, 16 de dezembro de 2007

garota vudu

"sua pele é de um claro tecido,
todo costurado e refeito.
muitos alfinetes coloridos
despontam-lhe à altura do peito.

olhos que giram como discos,
ela possui dois belos pares.
olhos de poderes hipnóticos:
olhos de apaixonar os rapazes

rapazes que coloca em transe
como verdadeiros zumbis
é o caso de um zumbi francês:
que depois só dizia; “oui, oui”.

mas ela também tem uma sina
que jamais pode ser quebrada:
se alguem dela se aproxima
seu coração sente as espetadas."
(tim burton)



sábado, 15 de dezembro de 2007

worse?

"come on now...
it be could worse."
(www.fernandodiass.blogspot.com)


dias de paz...
beijos e bom fim de semana

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

e sonhou

"e sonhou
a menina sonhou ali
e sonhou
a menina sonhou ali

no meio da rua na avenida central ela não podia parar
e mesmo que as pessoas nela tropeçassem ela voôu pro japão
dançou com xogum, surfou num vulcão

e sonhou... a menina sonhou ali
e sonhou... a menina sonhou ali"
(curumim)



a menina sonhou ali...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

afinam ou desafinam

"o senhor... mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. afinam ou desafinam."
(guimarães rosa)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

borandá

vam'borandá
que a terra já secou,
borandá é borandá
que a chuva não chegou, borandá

já fiz mais de mil promessas
rezei tanta oração
deve ser que eu rezo baixo
pois meu Deus não ouve
não deve ser que eu rezo baixo
pois meu Deus não ouve não
deve ser que eu rezo baixo
pois meu Deus não ouve não

vou-me embora
vou chorando
vou me lembrando
do meu lugar

vam'borandá
que a terra já secou,
borandá é borandá
que a chuva não chegou, borandá

quanto mais eu vou pra longe
mais eu penso sem parar
que é melhor partir lembrando
que ver tudo piorar
que é melhor partir lembrando
que ver tudo piorar
(edu lobo)


borandá

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

sorvete

já bastava a frieza do momento... e ele ainda queria oferecer-me sorvete.

domingo, 9 de dezembro de 2007

trocando em miúdos


"eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
não me valeu
mas fico com o disco do pixinguinha, sim ?
o resto é seu
trocando em miúdos, pode guardar
as sobras de tudo que chamam lar...
as nossas melhores lembranças...
mas devo dizer que não vou lhe dar
o enorme prazer de me ver chorar
nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
meu peito tão dilacerado...
eu bato o portão sem fazer alarde
eu levo a carteira de identidade
uma saideira, muita saudade
e a leve impressão de que já vou tarde"...
(chico buarque e francis hime, 1978)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

o caramujo e a poça d'água


"ele achava bem difícil, era quase saltar de um abismo!
chegava pertinho da poça, mas voltava pro esconderijo. seus amigos não entendiam por que ele se sentia assim. nunca viram caramujo com esse medo d'água fria! mas o caramujo temia e toda hora imaginava que de dentro da poça pulavam jacarés e crocodilos! os colegas diziam: "ô mujinho, o qué qué isso! óia lá se tem cabimento um jacaré morar ali dentro?! e ainda ficar pulando?! será uma cuca com saci-pererê?" e foi tanta gargalhada que mujinho decidiu: ele ia atravessar a água sem esse mas-nem-porquê. e quando abriu os olhinhos, esperando o crocodilo, viu que a água era doce e o caminho, tranquilo. não tinha bicho e nem monstro! tinha só um caramujinho, refletido lá dentro..."
(rita apoena)


paulo, vi, gabi...

ah... fizeram-se presentes de modo tão natural... e são tão queridos....

parabéns pela conquista d'oje... que possam ver-se tal qual o caramujinho... refletidos num caminho doce e tranquilo... na medida da doçura e da paz, possível.

beijos, abraço apertado e amor.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

ela desatinou...



"ela desatinou
viu chegar quarta-feira
acabar brincadeira
bandeiras se desmanchando
e ela inda está sambando

ela desatinou
viu morrer alegrias
rasgar fantasias
os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando

ela não vê que toda gente
já está sofrendo normalmente
toda cidade anda esquecida
da falsa vida da avenida onde
ela desatinou

viu morrer alegrias
rasgar fantasias
os dias sem sol raiando
e ela inda está sambando

quem não inveja a infeliz
feliz no seu mundo de cetim
assim debochando
da dor, do pecado
do tempo perdido
do jogo acabado"
(chico buarque, 1968)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

essencial... na essência...


amor infinito... [ in.fi.ni.to - adj (lat infinitu) 1 Que não é finito, que não tem limites, nem medida. 2 Sem fim, eterno. 3 Muito grande em extensão, em duração, em intensidade. 4 Inumerável. 5 Gram V infinitivo. sm 1 O que não tem limites; o absoluto. 2 A idéia das coisas infinitas. 3 Gram V infinitivo. (A N.G.B. adota somente infinitivo.) Ao infinito: interminavelmente; sem nunca acabar, sem fim.]



hoje é mais um dia de juju no mundo... e que tenhamos tantos e tantos a frente, sempre pertinho... dançando, fazendo e lembrando das "aprontanças"! juju... amora amada... presente... presente em meu presente!


tradução de amor...

tradução de irmã

irmã escolhida!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

mafaldiando... e guimaraniando


"... era. gostei, em cheio, de escutar isso, soprante. ah, porém, estaquei na ponta dum pensamento, e agudo temi, temi. cada hora, de cada dia, a gente aprende uma qualidade nova de medo!"

(guimarães rosa)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

minha idéia era de fazer alguma coisa ao jeito de tapera...

"eu queria construir uma ruína, embora eu saiba que uma ruína é uma desconstrução. minha idéia era de fazer alguma coisa ao jeito de tapera. alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. porque o abandono pode não ser apenas de um homem debaixo de uma ponte, mas pode ser também o de um gato no beco ou de uma criança presa num cubículo. o abandono pode ser também de uma expressão que tenha entrado para o arcaico ou mesmo de uma palavra. uma palavra que esteja sem ninguém dentro. digamos a palavra amor. a palavra amor está quase vazia. não tem gente dentro dela. queria construir uma ruína para salvar a palavra amor. talvez ela renascesse das ruínas como o lírio pode nascer de um monturo."

(manuel de barros)