"penso, na maior parte das vezes, que a experiência é a única forma saudável ou o melhor meio que temos para vivenciar os conteúdos projetados e 'pagar para ver': o que é real e o que é idealizado. a passagem ao ato concretiza-se mediante o contato com o outro. descarregar as pulsões amorosas é dar conta da frequência de libido que nos invade; vivê-las é a possibilidade de aprender sobre o outro, de aprender com o outro. o êxtase é a vivência plena desse estado: por para fora, exteriorizar a dimensão do daemon (do latim, espírito mau ou bom) da força, da pulsão que nos habita... rejeitar a dimensão amorosa é rejeitar a experiência do ilimitado, do divino em nós. rigidez da presunção de escapar da captura do deus leva-nos à desmedida, à hibris, à pretensão de não perder o controle, de não ser possuído, de não se perder no outro, de não se entregar, de não amar... nesse sentido, o ego rígido pode constelar o aspecto polar do deus dionísio, ou seja, a loucura. temos pouca ou nenhuma saída: ou nos entregamos ao estado de posse amorosa, de união e êxtase (caracterizado na psicanálise como um episódio psicótico) ou enlouquecemos na resistência insana de rejeição da experiência do divino em nós. a pulsão é sempre maior que as possibilidade egóicas... tentar escapar pela tangente é outra forma: pelo menos, é uma tentativa de responder à questão, não respondendo nada, ou seja: viver não vivendo plenamente. essa resposta nos leva a outro tipo de sofrimento psíquico, ligado à temática amorosa, que é a ausência de experiências amorosas, tanto das prazerosas quanto das desalentadoras; simplesmente a falta de experiências. o sofrimento que o amor 'não vivido' pode causar, deixa marcas indeléveis, por falta de marcas concretas. o poeta vinicius de moraes, fala, ou melhor, canta, com maestria e reprovação aos que fogem da experiência do amor" (valéria sanchez silva, 2006)
"quem já passou por essa vida e não viveu pode ser mais, mas sabe menos do que eu porque a vida só se dá pra quem se deu pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não não há mal pior do que a descrença mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão abre os teus braços, meu irmão, deixa cair pra que somar se a gente pode dividir eu francamente já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão"
"morre mais um amor num coração vulgar deixa desilusão pra quem não sabe amar
e quem não sabe amar, há de sofrer porque não poderá compreender que o amor que morre é uma ilusão e uma ilusão deve morrer
um verdadeiro amor nunca fenece e pouca gente ainda o conhece meu bem, se o teu amor morreu, é porque ninguém o entendeu deixa o teu coração viver em paz o teu pecado é querer amar demais" (coração vulgar - paulinho da viola...) (vídeo: nina bethânia e nino paulinho, 1969)
"confete pedacinho colorido de saudade ai, ai, ai, ai, ao te ver na fantasia que usei
confete confesso que chorei chorei porque lembrei do carnaval que passou aquela colombina que comigo brincou
ai, ai, confete saudade do amor que se acabou" (confete - marchinha de carnaval - david nasser e jota júnior) . . . foto: fefê e juju... foliazinha desse carnaval... amada minha, irmã escolhida e amor de tantos carnavais, sujeitinha linda que me faz nunca nunca desacreditar que há amor e afeto lindo e genuíno.... e sabe onde? aqui mesmo... nessa nossa vida. te amo muito, amada!
"y ayer sentí renacer diciendo adiós a las que cosas que te oprimen del querer llegué, me fui, te perdí que fácil es contar los días cuando tu no estas aquí dulce pena de perder trae nueva ocasión ay de empezar otra vez ¿¿¿*mujer ya tiene*??? caí de bruces y me puse en pie a pesar de esta condena poco a poco conseguí la fuerza de escuchar lo que hay en mí
la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba
ha pasado el tiempo y el campo comienza a florecer descasa en el sillón pa’ relajar esta pena y curar la desazón con la paciencia sola mejor que mal acompañá no tienes derecho a hacerme ningún mal sola conmigo sola comienzo a vivir un nuevo caminar
la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba
y hoy por fin me desperté sabiendo que también es mío el mundo que esta a mis pies llegué, me fui, camine que fácil es contar los días y andarlo sola otra vez dulce pena de ganar lo que la vida te quita después la vida te da ¿¿¿*mujer ya tiene raiz*??? de nuevo creci al caminar a pesar de esta condena ya lejos quedaron las penas y esas noches sin final
la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba la rumba del adiós y bendita sea esta rumba y es la rumba del adiós y bendita sea esta rumba" (ojos del bruto - rumba del adios) . . . delícia de show no sesc pinheiros essa semana... quem viu, viu!
"guerreio é no lombo do meu cavalo bala vem mas eu não caio armadura é proteção avanço sob a noite iluminado luto sem pestanejar derrubo sem me esforçar a guarnição
a guimba e a fumaça do meu cigarro cega o olho do soldado que pensou em me ferir com um sorriso derrubo uma tropa inteira mesmo que na dianteira a sombra venha me seguir
o gole da cachaça esguicho no ar chorando na labuta ouço a corrente se quebrar e o golpe do destino esse eu sinto mas não caio guerreio é no lombo do meu cavalo" (kiko dinucci - são jorge) (vídeo: thiago frança, marcelo pretto, juçara marçal e kiko dinucci) . . . 'com um sorriso derrubo uma tropa inteira mesmo que na dianteira a sombra venha me seguir...' . . . guerreio... com um sorriso...