quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"felicidade é quase tudo ou quase nada"

"sonhei que eu tava no futuro,
sonhei sonhei,
e resolvi pular um muro,
sonhei sonhei,
mas muro já não existia.
até aí tava legal, criei um muro virtual,
mas o chip de coragem que eu tinha implantado
não era compatível com o pulo instalado,
então me teletransportei para o passado
e quis comer um frango assado.
aquele certamente não era o meu dia,
num passado tão remoto não tinha padaria.
pensei em tomar uma cerveja gelada
mas a geladeira ainda não tinha sido inventada!
'vamo caçar', disse o cara do lado.
'deixa pra lá, onde é que é o supermercado?'
voltou com uma galinha viva
pensei: 'meu Deus que coisa primitiva'
com um sorriso nos lábios, sem maldade, ele falou contente:
'torce o pescoço até matar e depois depena na água quente'
eu disse: 'chega, eu quero voltar pro presente'.
acordei sobressaltado, tomei um banho,
sentei na cama pelado e compus um samba estranho.
olhei o relógio era meio-dia, eu fui a pé até a padaria.
'eu quero aquele bem passado e uma gelada
que eu vou comer lá na calçada'.
sentei na guia e chorei (chorei , chorei)
sentei na guia e chorei (chorei , chorei).
lambi a lágrima salgada,
compreendi: felicidade é quase tudo ou quase nada.
...équasenadéquasetudoquasetudouquasenada..."
(samba estranho, adoniran barbosa e itamar assumpção, por juçara marçal e kiko dinucci)
.
.
.
no presente.

Um comentário:

João Rafael disse...

Felicidade e tristeza são moedas que circulam quando conseguimos pensar. Vale o peso da troca da consciência para ver o que fica lúcido. Tem hora que felicidade é tudo e tem hora que não é nada se não uma moeda decaída...
Beijos e felicidades gratuitas!