quarta-feira, 10 de março de 2010
apelo pela fantasia
o sujeito contemporâneo tem sua consciência desprovida de delírios, de devaneios; não se permite à fantasias, de modo que se obriga a adaptar-se à realidade imediata, como se essa fosse de fato a única opção que lhe restasse. ignora que essa tal opção pode ser apenas uma condição, dentre tantas outras que também podem existir; pode até mesmo ser uma manipulação da realidade, um engano ao qual se apega para não olhar ao redor.
eis aqui um apelo à fantasia. ela nos aproxima das possibilidades, e da possibilidade do desejo.
possivelmente, abrindo-se mão da impossibilidade das coisas, algo possa ser inventado; algo mais próximo dos desejos, diga-se... algo que está entre a carência e o excesso: o prazer.
(texto: fernanda pereira)
(foto: rics lombardi, devane.ando)
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3 comentários:
Adorei! Como sempre... =)
Cotidianamente buscando essa coisa "entre a carência e o excesso" (lindo isso) e fantasiando outras que promovem e encontram esse, dito desejo. Será que não sou muito contemporâneo?
Gostei, menina, muito bom =)
Beijo
do Ge.
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