"eu vejo aquele rio a deslizar
o tempo a atravessar meu vilarejo
e às vezes largo
o afazer
me pego em sonho
a navegar
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com o nome paciência
vai a minha embarcação
pendulando como o tempo
e tendo igual destinação
pra quem anda na barcaça
tudo, tudo passa
só o tempo não
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passam paisagens furta-cor
passa e repassa o mesmo cais
num mesmo instante eu vejo a flor
que desabrocha e se desfaz
essa é a tua música
é tua respiração
mas eu tenho só teu lenço
em minha mão
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olhando meu navio
o impaciente capataz
grita da ribanceira
que navega pra trás
no convés, eu vou sombrio
cabeleira de rapaz
pela água do rio
que é sem fim
e é nunca mais"
(xote de navegação - chico buarque e dominguinhos)
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"e tendo igual destinação"...
Um comentário:
algo concreto no abstrato? algo concreto...
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